As plantas carnívoras são capazes de capturar pequenos animais através de suas enzimas digestivas e extraem compostos nitrogenados que utilizam para seu próprio aproveitamento. Normalmente, se localizam em solos encharcados e que possuam poucos nitratos (necessários para a síntese da molécula de clorofila), portanto, dependem no nitrogênio que se encontra nas proteínas dos animais.
Essas plantas surgiram da evolução de determinadas espécies que estavam na busca de sobreviver em ambientes pobres em nutrientes orgânicos. Foram capazes de retirar do ambiente o que a terra não podia lhes oferecer. As primeiras plantas carnívoras teriam surgido há cerca de 60 milhões de anos e aprenderam técnicas de capturar e digerir animais (insetos, crustáceos e mais dificilmente anfíbios e pequenos mamíferos), utilizando suas proteínas como fonte de nutrientes.
Uma das teorias para a sua evolução é que elas surgiram a partir de plantas que capturavam parasitas para se defender, como por exemplo a Plumbargo. Os insetos se prendiam nas glândulas das folhas que tinha uma substância colante e, depois, morriam e apodreciam. As próximas gerações de plantas cresceram com outras glândulas colantes em sua extensão e evoluíram com armadilhas mais complexas contra as presas.
Possuem quatro principais famílias: Sarraceniaceae, Nepenthaceae, Droseraceae e Lentibulariaceae.
São como “compridos jarros”, pois suas folhas saem de um rizoma subterrâneo, e são unidas pelas bordas. Atraem as presas pelo cheiro característico do seu néctar, que acabam se aprisionando dentro das folhas.
As pontas de suas folhas se unem e formam estruturas semelhantes a jarros. Sobre esse “jarro” encontra-se uma estrutura, como se fosse uma “tampa”, que serve de proteção estática para que a armadilha não fique encharcada. Dentro da cavidade se encontra uma parede cerosa, com pelos e um líquido, onde os insetos e pássaros ficam presos até serem digeridos. As presas são atraídas pelas cores e odores segregados pelas glândulas situadas na “tampa”. Essa família possui as maiores espécies de plantas carnívoras.
A principal característica que a diferencia dos outros tipos de plantas carnívoras, são as gotículas de uma substância pegajosa que se localiza nas folhas e no caule e quando o inseto pousa, a planta se dobra na região que ele pousou, e o suga.
As plantas pertencentes à essa família são tanto terrestres, como aquáticas. Em alguns pontos dos filamentos presentes nas folhas, encontram-se pequenas câmaras vazias, que são seladas por uma válvula e guarnecidas por pelos. Quando os insetos, animais ou larvas encostam nesses pelos, abre-se uma válvula, e uma corrente de água é provocada (no caso das aquáticas) para o interior das câmaras, carregando o animal para ser digerido.
Além das folhas colantes, as plantas carnívoras possuem diversas armadilhas para a capturar as presas:
São famosas armadilhas encontradas em plantas como a Dionaea e a Aldrovanda. Nela, a planta é formada por uma boca com gatilhos internos. Quando um inseto toca na planta, o gatilho solta um mecanismo que fecha a folha rapidamente e só se abre após as enzimas terem digerido o animal. Essas enzimas são inofensivas à pele do homem e também em animais maiores.
A sucção é uma armadilha encontrada em espécies como a Utricularia, que vive em brejos e água doce. Elas possuem bolsas pequenas, chamadas de utrículos. Essas bolsas possuem uma pequenas entrada cheia de gatilhos que quando são estimulados causam a sua abertura. Quando ela é aberta repentinamente, é capaz de sugar para dentro aquilo que a estimulou.
são armadilhas simples formadas por glândulas colantes presentes nas folhas ou mesmo na planta toda. Uma das presas são pequenos insetos voadores. Pode ser encontrada em plantas como a Drosera, Ibicella, Byblis, dentre outras.
São plantas semelhantes a urnas ou jarras, com uma entrada no topo e um líquido digestivo em seu interior. Quando as presas caem nesse líquido, elas se afogam e são digeridas.